domingo, 23 de agosto de 2015

O viajante imaginário

                O Livro do desassossego (PESSOA, 2005) foi atribuído por Fernando Pessoa ao ajudante de guarda-livros Bernardo Soares, uma personalidade literária ou um seu semi-heterônimo, de acordo com as palavras do próprio poeta, em carta ao amigo João Gaspar Simões, datada de 28 de julho de 1932. Diz o poeta: “É um semi-heterônimo porque, não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e a afetividade.”. O Livro, assim como grande parte da obra de Fernando Pessoa, só se arranjou em livro após a morte do poeta. Constitui-se num amontoado fragmentário de pensamentos, grande parte sem data, escritos em prosa ao longo de mais de duas décadas (1910-1935) da vida do poeta (Fernando Pessoa). Nele, o autor (Bernardo Soares) ora resgata seu passado ora comenta seu cotidiano com seus insignificantes incidentes e, com freqüência, discorre sobre questões filosóficas e psicológicas, todo ele impregnado por um absoluto cepticismo, por um extremo negativismo. Admitiu mais do que um arranjo dos fragmentos, em função do critério classificatório adotado pelo organizador do texto, mas, independente da disposição adotada, alguns grandes temas, inerentes a toda obra pessoana, podem ser identificados: a busca frustrada de uma identidade, as agruras do amor, o sofrimento e a alegria da criação literária, o isolamento, a oposição entre o real e o imaginário.   
              Dentro do conjunto temático que trata da oposição entre o real e o imaginário um tema particular, o tema da viagem (MERQUIOR, 1989:30), pode ser destacado. Não viagem real, concreta, mas viagem imaginária, não-viagem, com conotação de sonho. A transmutação do real em simbólico pela imaginação.
              Confessa Bernardo Soares numa passagem do Livro: “Foi por um crepúsculo de vago outono que eu parti para essa viagem que nunca fiz” (LD, op. cit., p. 480, grifo meu). Mais ainda: “Eu não parti de um porto conhecido. Nem hoje sei que porto era, porque ainda nunca lá estive. Também, igualmente, o propósito ritual da minha viagem era ir em demanda de portos inexistentes – portos que fossem apenas o entrar-para-portos; enseadas esquecidas de rios, estreitos entre cidades irrepreensivelmente irreais  (idem). E continua: “Eu parti? Eu não vos juraria que parti. Encontrei-me em outras partes, vi outros portos, passei por cidades que não eram aquela, ainda que nem aquela nem essas fossem cidades algumas.” (idem). Caracterizado o espaço, que é o “não-espaço”, o autor fala do tempo, que é o “não-tempo” (a “não-viagem”, pelo “não-espaço”, no “não-tempo”): “Viajei. Julgo inútil explicar-vos que não levei nem meses, nem dias, nem outra quantidade qualquer de qualquer medida de tempo a viajar. Viajei no tempo, é certo, mas não do lado de cá do tempo, onde contamos por horas, dias e meses; foi do outro lado do tempo que eu viajei, onde o tempo se não conta por medida. Decorre, mas sem que seja possível medi-lo.” (idem, p. 409).
            A explicação para esse comportamento, podemos, talvez, encontrá-la, por exemplo, no fragmento (Fr.) 92 do Livro (op. cit., p. 120 e seg.):”Eu nunca fiz senão sonhar. Tem sido esse, e esse apenas, o sentido da minha vida. Nunca tive outra preocupação verdadeira senão a minha vida interior. ... Nunca pretendi ser senão um sonhador. ... Nunca desejei senão o que nem podia imaginar. ... A minha mania de criar um mundo falso acompanha-me ainda, e só na minha morte me abandonará ... alinho na minha imaginação, confortavelmente, como quem no inverno se aquece a uma lareira, figuras que habitam, e são constantes e vivas, na minha vida interior. Tenho um mundo de amigos dentro de mim, com vidas próprias, reais, definidas e imperfeitas.
              Para bem sonhar, para construir alicerces sólidos para o edifício dos sonhos, Bernardo recomenda que se adote atitude de desprezo pela vida “vivida”, concreta, real, e que se enalteça a vida “sonhada”, idealizada, imaginária. Deve-se assumir atitude de completa passividade, concentrar todo esforço na ausência de esforço, entregar-se a si próprio, deixar-se possuir por si próprio, fugir de todas as provocações materiais. Não agir: ser agido; não viver: ser vivido (LD, op. cit., p. 439-441).
            O repúdio de Soares pela viagem de fato e a adoção da viagem imaginária, a não-viagem, como ideal a seguir, podem ser compreendidos pelo desejo fortemente acentuado de dar primazia ao sonho em detrimento da realidade, ou em outras palavras, pela supremacia da imaginação criadora em relação às impressões colhidas do mundo exterior. Para tanto, é necessário operacionalizar um mecanismo de abstração permanente da percepção. Por força dessa capacidade de abstração, pode-se viajar no interior da viagem criada pela imaginação, quando, então, “o real se esquece de si mesmo para se deixar apreender numa forma sem formas.” (COELHO, 1987a). Viajar de fato é completamente inútil, pois para ver, basta imaginar. Ter que se deslocar para sentir revela fraqueza extrema de imaginação. O anseio de viajar não é outra coisa senão falta de fantasia. Essa primazia do sonho sobre a realidade é uma das idéias-chave contidas no Livro e expõe um dos vários Pessoas, aqui sob a máscara de Soares, encarnando uma postura literária decadentista (LIND, 1983).
            Na passagem do século XIX para o século XX, generaliza-se uma crise entre artistas e intelectuais em decorrência do comportamento da burguesia (então, plenamente instalada nos poderes constituídos da sociedade): sua frouxidão moral, sua incapacidade de encontrar meios para resolver o problema das desigualdades sociais mais e mais acentuadas e sua indiferença em relação às artes. Muitos pensadores, num movimento de oposição ao racionalismo positivista reinante, tentam encontrar saídas para essa crise pelas vias da intuição, da fé ou da arte. Instaura-se a descrença na ciência e o ceticismo invade os espíritos sensíveis. Esse movimento, que teve por fulcro a França, recebeu o nome de Decadentismo.
            O Decadentismo foi uma tentativa de reação, impregnada de um subjetivismo extremado, à falência da extremada “ideologia objetivista” do Positivismo que pretendeu atribuir à ciência o supremo poder de conseguir: dar explicação totalizante ao fenômeno da vida, destruindo as superstições religiosas; e estabelecer entre os seres humanos um convívio mais harmonioso. O Decadentismo contempla “um estado de ânimo de confusa perplexidade, um sentimento de crise existencial (que só se aprofundou no transcorrer do século XX e persiste até os dias atuais) atormentada por trágicas experiências de guerras, ditaduras, revoluções e também por descobertas científicas devastadoras (energia nuclear, e.g.)”. O desenvolvimento da psicanálise desvela uma nova dimensão do espírito humano: o inconsciente, com sua força obscura opondo instinto à racionalidade. O conceito de tempo deixa de ser apenas o de uma medida do transcorrer dos fatos e ganha dimensões subjetiva e psíquica. A irracionalidade, a animalidade do comportamento humano é posta às claras. Essas visões de mundo provocam nas artes, particularmente na literatura, verdadeira revolução, modificando radicalmente o entendimento, tanto no que diz respeito à forma quanto, ao conteúdo, do que é uma obra de arte.
               O artista decadentista considera que é impossível conhecer a verdadeira realidade das coisas pela experiência concreta, pela ação, pela razão, pela ciência; admite que a revelação do desconhecido, a revelação do mistério do mundo se dá pela intuição irracional e imediata. O artista decadentista acredita que a obra nasce não do intelecto, mas da profundidade do inconsciente do artista; daí, ser o sonho matéria-prima de escolha natural para alimentar o ato criativo. O artista decadentista rejeita a ação e evade-se para o mundo da imaginação; desiludido de tudo deixa-se dominar por pessimismo crônico e por tédio sem limite. O artista decadentista, porém, tem em alta conta a experiência estética; considera-a como detentora de valor absoluto e por meio dela busca o culto pleno da beleza com liberdade material e espiritual, fato que dá ao movimento tom aristocrático, em oposição à vulgaridade do mundo burguês.
   Bernardo Soares assume-se, plenamente, decadentista: “Sou ruínas de edifícios que nunca fora mais do que essas ruínas” (Fr. 61, p.95). “Tenho a náusea física da humanidade vulgar, que é, aliás, a única que há.” (Fr. 62, p.95). “O cansaço de todas as ilusões e de tudo que há nas ilusões” (Fr. 68, p. 100). “Penso se tudo na vida não será a degeneração de tudo.” (Fr. 86, p. 115). “Quando acabará isto tudo, estas ruas onde arrasto a minha miséria, e estes degraus onde encolho o meu frio e sinto as mãos da noite por entre os meus farrapos?” (Fr. 88, p. 117). “Há metáforas que são mais reais do que a gente que anda na rua.” (Fr. 157, p. 172). “Mais vale escrever do que ousar viver, ainda que viver não seja mais do que comprar bananas ao sol” (Fr. 170, p. 183). “Somos morte. Isto, que consideramos vida, é o sono da vida real, a morte do que verdadeiramente somos.” (Fr. 178, p. 189). “Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o sonho e o que a vida fez de mim” (Fr. 204, p. 210). “A ruína da influência aristocrática criou uma atmosfera de brutalidade e de indiferença pelas artes, onde uma sensibilidade fina não tem refúgio. Dói mais, cada vez mais, o contacto da alma com a vida. O esforço é cada vez mais doloroso, porque são cada vez mais odiosas as condições exteriores do esforço.” (Fr. 249, p. 244). “Não achei razão nem lógica senão a um cepticismo que nem sequer buscava uma lógica para se defender.” (Fr. 251, p. 246). “Pertenço a uma geração que herdou a descrença na fé cristã e que criou em si uma descrença em todas as outras fés.” (Fr. 306, p. 289). “A energia para lutar nasceu morta connosco, porque nós nascemos sem o entusiasmo da luta.” (Fr. 306, p. 290). “Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes.” (Fr. 313, p. 294). “Todos aqueles acasos infelizes da nossa vida, em que fomos, ou ridículos, ou reles, ou atrasados, consideremo-los, à luz da nossa serenidade íntima, como incómodos de viagem. Neste mundo, viajantes, volentes ou involentes, entre nada e nada ou entre tudo e tudo, somos sempre passageiros, que não devem dar demasiado vulto aos percalços do percurso, às contundências da trajectória. (Fr. 455, p. 401).
  Este viajante decadentista é a antítese do intelectual futurista seguidor das idéias de Marinetti: antinomia passado-futuro; anti-esteticismo (o culto do feio); dessacralização da arte (quebra das fronteiras entre arte e vida); dinamismo; movimento; ação; força; violência; radicalização de posições; na literatura, a linguagem refletindo os novos tempos de domínio da máquina, do movimento, da velocidade, abrindo-se ao visual, ao acústico, subvertendo a sintaxe tradicional.
  A relação do ser humano com um mundo modificado pela indústria, pela máquina, pela velocidade, pelas facilidades de comunicação e transporte modifica-se radicalmente. No modernismo, movimento de vanguarda, instaurado nos primeiros anos do século XX, o qual, dentre outros tantos ismos, engloba o futurismo, o primado é a vivência, o imediato, a visão dinâmica para exprimir a força e a totalidade incoerente do real. O anseio deve ser uma atitude enérgica, vibrante, cheia de admiração pela vida, pela matéria e pela força.
   Em Portugal, tal qual ocorre com outras vanguardas europeias, o modernismo, e de modo particular, o futurismo, rompe com a tradição, e de modo especialmente agressivo com o saudosismo. “No entanto – o que é uma diferença significativa – o modernismo português revela uma dupla tendência: se por um lado se abre às novas estéticas, mantém por outro lado uma linha que poderemos chamar decadentista (grifo meu).” (GERSÃO). Desse ponto de vista singular, a hiperexcitação da vida moderna futurista voltada para o otimismo, para o dinamismo, para a ação, criando um mundo frenético, vibrante, deslumbrante tem uma outra face, a da decadência. A uma vida intensa e progressista conjugam-se aspectos característicos de decadência. A volúpia, o progressismo da vida moderna acaba gerando no ser humano uma doença: o mal de toda esta complexidade de viver. “Deste modo, para Pessoa, a arte moderna deve cultivar serenamente o sentimento decadente ...” (GERSÃO, op. cit.).
    De acordo com ROCHA (1992), Bernardo Soares, decadentista de carteirinha, apresenta, ao afirmar de modo mais insistente sentimentos e estados de tédio, cansaço, desassossego, sono pacificador, repulsa da quotidianidade da vida, e evasão pelo sonho, um sintoma de inadaptação ao real que força a uma retirada decadente para o solipsismo. O Livro do desassossego representaria a busca do autor em exprimir “diaristicamente” seu egocentrismo. Esse centralismo autobiográfico traz a marca inerente de uma produção narcísica. Bernardo Soares, recolhido solitário em seu modesto quarto na Baixa lisboeta, entrega-se de corpo e alma à sua escrita e constrói o livro da solidão perfeita, sideral, sem remédio, o diário da total incomunicação (COELHO, 1987b, citando Eduardo Lourenço). Mas, embora Bernardo insista em seu isolamento cheio de tédio e de indiferença ao mundo real, seu olhar ávido capta tudo, sua mente arguta filtra tudo e sua pena célere tudo registra. “Assim, a cidade (Lisboa), enquanto espaço activo e exterior de uma tríade (Eu-quarto-cidade), entra pela janela entreaberta e se transforma no motor, estímulo e tema constante duma obra – por contágio metonímico, por um processo de propagação em que as ondas acabam, em última análise, por refluir no espaço acanhado e infinito, vazio e total do Eu.” (BARRENTO, 1987).
  Para Leyla Perrone-Moisés, na introdução do Livro do Desassossego (PESSOA, 1986): “Bernardo Soares descrê da razão, da ciência e busca valores que possam regenerar esse mundo que ele considera em decadência ... tende para um ceticismo e uma abdicação radicais. Não acredita nem em Deus nem no Homem ... Aristocrático, esteta, olha de cima e de longe as agitações sociais e políticas. Repudia “a atmosfera de brutalidade e de indiferença pelas artes” que a sociedade burguesa criou. Rejeita a violência das guerras e revoluções:“Dói-me na inteligência que alguém julgue que altera alguma coisa agitando-se.” Diz ainda a professora que: “Como em tantos poemas de Pessoa “ele mesmo” ou de Álvaro de Campos, Bernardo Soares se vê como Rei sem reino” (op. cit., p. 18). Eduardo Prado Coelho (1984) denomina essa disposição de “sintaxe do sem”: sofrer sem sofrimento, querer sem vontade, pensar sem raciocínio, “como a possessão por um demônio negativo, um embruxamento por coisa nenhuma. e, então, podemos completar: viajar sem viajar. Bernardo Soares é um viajante imaginário.
  Mas, afinal, o que isso tudo poderia, eventualmente, significar? Talvez, isso tudo signifique, na verdade, só fingimento. A arte suprema de fingir. No latim, vamos encontrar o verbo transitivo fingo, is, ĕre, finxi, fictum, cujo significado primitivo é o de modelar, modelar em barro, esculpir uma forma, figurar, reproduzir os traços; seu campo semântico amplia-se depois e ganha os significados, também, de: representar, criar, inventar, imaginar, compor (uma obra literária), dissimular, fingir. Do radical do supino fictum deriva fictio, onis (s.f.), a ação de fingir, a ficção, a criação imaginária; fictum, i (s.n.), a mentira; e fictum (adv.), falsamente, fingidamente.
  Fernando Pessoa leva ao paroxismo o fingimento. Fingit omnia. Finge a obra, condição que podemos considerar normal, óbvia até, em qualquer ato criativo literário ficcional, mas finge ainda mais. Finge, também, explicitamente, o criador da obra. Finge duplamente. É um fingidor de 2º grau.  Esse duplo fingir reforça o conceito de que um dos principais caracteres da literatura é ser eminentemente ficcional. Porém, este duplo fingir não resolve (pretenderia, porventura, o poeta fazê-lo?) a aporia para a eterna, e talvez inconciliável, questão da não veracidade dos sentimentos do poeta (autor), como pessoa física, diante dos argumentos do poema (obra), uma vez que: “O poeta é um fingidor (e) finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que (contudo) deveras sente”. O autor é uma persona que não deve ser confundida com a pessoa do autor, pessoa essa, porém, que sempre acaba deixando algum traço genético naquela persona. 
  Fernando Pessoa finge-se Bernardo Soares, um fingidor de viagens. O fingido viajante Bernardo, metaforizado de autor real, realiza imaginárias viagens que poderiam ser assumidas como metáforas do concreto fazer poético. Fernando, sob a máscara de Bernardo, foge da realidade (concreta) e cria, pelo fingimento, pela ficção, pela literatura, outras realidades (imaginárias). Ao Fernando, quiçá, possamos atribuir-lhe um pensamento (paródico do popularizado pensamento do ilustre filósofo seiscentista): Fingo ergo sum.        



BIBLIOGRAFIA

BARRENTO, João (1987) – “Figuras da modernidade na poesia urbana: de Baudelaire a Pessoa” in: O espinho de Sócrates – expressionismo e modernismo. Lisboa, Editorial Presença, pp. 85-101.
COELHO, Eduardo Prado (1987a) – “Pessoa: o viajante do inverso” in: A noite do mundo. Lisboa, RN-CM.
______________________ (1987b) – “Pessoa, o sorriso e o desastre” in: A noite do mundo. Lisboa, RN-CM.
______________________ (1984) – “Pessoa: lógica do desassossego” in: A mecânica dos fluidos – literatura, cinema, teoria. Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda, pp. 21-46.
GERSÃO, Teolinda – “Para o estudo do futurismo literário em Portugal” in: Portugal futurista. 2ª. edição facsimilada. Lisboa, Contexto Editora.
LIND, Georg Rudolf (1983) – “O Livro do Desassossego – um breviário do decadentismo” in: Persona 8, março, Porto, Centro de Estudos Pessoanos, pp. 21-27.
MERQUIOR, José Guilherme (1989) – “O lugar de Fernando Pessoa na poesia moderna” in: Colóquio Letras, mar-abril.
PESSOA, Fernando (2005) – Livro do desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. por Richard Zenith. São Paulo: Companhia das Letras, 2ª. ed.
________________ (1986) – Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Seleção e introdução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo, Brasiliense, p. 19.
ROCHA, Clara (1992). Máscaras de Narciso. Estudos sobre a literatura autobiográfica em Portugal. Coimbra, SN.

(em “Ensaios Desnecessários” – inédito) 



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