serei eu que sou assim um miserável
é o que vivo a indagar a meus fechos ecleres
por que trazer à tona o que envenena
insistindo em mostrar coisas infernais
pondo o dedo na ferida que gangrena
esquecendo de sentimentos fraternais
alguém dirá que isso tem nome
ele é um pobre infeliz deserdado
ingrato cospe no prato que come
ao menor elogio fica logo afogueado
o que falta aí é um pouco de aragem
cultivar um tema ameno que inebria
falar de amor fazer favor ou uma viagem
gostei da ideia
embarco nessa
boa à beça
eu e a medeia
simbora pra miami
eu no vácuo de um tornado
medeia surfando um tsunami
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