vai nesta vivência
despistando como possa
as piores desavenças
o azar cuspe na tosse
evita desnecessário atrito
é temente do destino
não esquece o livre-arbítrio
perdido no meio da gentarada
a riqueza não discerniu sua presença
não sendo porém de não fazer nada
de sol a sol suou a camisa desde menino
pra alcançar condição de viver decente
filhos diplomou como manda o figurino
no frio dorme em cama quente
no prato comida com sustança
não esquece que um dia
já foi cão sem dono
abrigado em enxovia
deitava no abandono
da enxerga em que chovia
disfarçava a fome avara
catando papel pelos lixos da cidade
sorriso permanente pregado à cara
logrou se aprumar já com certa idade
sem antes contudo
em ponta de faca dar muito murro
Nenhum comentário:
Postar um comentário