domingo, 4 de junho de 2017

A infâmia o tempo desvela


no pântano pestilento

que me vi envolvido

respiro ofegante

ar contaminado

pelo miasma ambiente

animais peçonhentos

rastejam ao redor

o ataque é iminente

querem certamente

envenenar meu sangue

a qualquer momento

o charco pode me tragar

me levando sem esforço

pro fundo de escuro fosso



na noite sem lua

vou cauteloso

é preciso estar atento

o inimigo é perigoso

vou destemido

sem atrevimento mas forte

não há por que temer a sorte



obrigo-me a ouvir

a eloquência do silêncio

no momento

a melhor palavra é a palavra não dita

mesmo que fosse bem dita seria maldita

hoje devo calar

nenhuma palavra

engolir em seco

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