sábado, 14 de fevereiro de 2015

RALO CAGUETÃO

reclinado confortavelmente na chaise longue
à beira da magnífica piscina de um hotel de luxo
bebia eu um blended whisky twenty years old
quando sinto um fedor de revirar o bucho

fustigado pelo desconforto de tamanho mau odor
busco a origem de incômodo tão desagradável
e rapidamente constato sem nenhum labor
ser o ralo da água pluvial o responsável

localizado pouco mais ao lado o maldito desembocava
bem dentro de um esgoto pestilento que por ali passava
esgoto que por sua vez supria de bosta um ribeirão
que alimentava a represa fonte de água da região

(do livro “Poesia... Afinal pra quê?)
http://books.google.com.br/books?id=WesXBAAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

Nenhum comentário:

Postar um comentário