prazer ao menos um pouco todos podemos conseguir
embora sujeitos sempre à sorte ainda assim lhe sou grata
mesmo que tenha de arrancar com as mãos para construir
furtivos gozos próprios do mundo nesta vida mediocrata
depredando o meu eu e colhendo os consequentes pomos
porém despertando em paz e pondo a dormir o corpo cansado
cada novo dia tendo na boca uma trava e nas costas uma albarda
todavia mudos ou não passageiros todos nós somos
e se afinal gozar é o que importa de nada adianta ficar escondido
inveja cresce como mato ligeiro e um dia emudecemos em definitivo
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