a placenta
já alimenta
a ânsia fútil
viradora de vômito
essa ganância de si
os pés
não pisam em ponte
ignorante do outro
sem mancha nem culpa
com muita manha
na fala mansa
dispõe o mundo
a seu gosto
cultua o corpo
na pele e carne
judia porém do osso
narciso
abre o olho
o orvalho
emperra o ferrolho
e tudo vira bagulho
hoje
o sonho ganha por pontos
amanhã
por nocaute vence o pesadelo
mas
se acaso
vem alguém
lembrar do ocaso
dado o espinhoso caso
faz-se silêncio licencioso
Nenhum comentário:
Postar um comentário