domingo, 31 de maio de 2020

Nossos nós

estes nós
que o tempo aflito
não desata
engastam nas costas
sem prazo
este arreio
que cala os ódios no peito

pensos contratos
enganos tantos
armadilhas dispostas
em cada palmo
da vasteza do mundo

perdidos
buscamos guarida
encontramos amiúde
morada sem beiral
paredes sem prumo
abrigo assombrado
para aí ficarmos
na espera do nada

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