domingo, 29 de dezembro de 2019

Fatalismo

fracote aquele que chora
fingindo ter desencanto
as lágrimas inúteis de agora
farão falta pro futuro forçoso pranto

frívolo quem se deixa levar por ardente
desejo infiel mero sentimento vão
a esparsa volúpia hoje fantasia quente
mais adiante trará frigidez ao coração

fútil matraca eu falando até a voz ficar rouca
não adianta se você fica o bicho come se corre
ele pega melhor talvez se fechasse minha boca

fundo e escuro é o fim quando se morre
antes porém é preciso viver
ainda que se tenha de sofrer

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