domingo, 19 de março de 2017

Carta ao poeta


Ao Sr. Carlos D. de Andrade

Círculo Primeiro – Limbo – Ala Luminosa

Prezado Poeta,

Lendo o livro de sua autoria, Amor Natural, deparei-me com o poema: “Quando desejos outros é que falam”.

Terminada a leitura senti forte desejo de lhe falar. É por isso que lhe escrevo.

Claro que há quem aprecie. Às vezes até bastante. Quanto a isso não tenho preconceito. Conforme as circunstâncias até aceito.

E suas palavras, poeta, são tão inspiradoras: Ocultas melodias ovidianas! Dúlcida paragem!

É lindo. É belo, belíssimo. Mas tem uma coisa, bravo vate, depende de quem é o buraco. Depende de quem é que entra com o apito.

Porque uma coisa é certa: pimenta no rabo dos outros é refresco.

Quando o referido membro longo, digamos a título de ilustração, 160 milímetros, calibre 38, e duro, bem duro, despetaladas as pétalas do ânus, vai penetrando, mesmo bem lubrificado e lentamente, avançando e recuando pela via estreita, como o senhor tão poeticamente introduz, creia-me caro trovador, dói pra cacete.

Por mais que o fiofó esteja calejado. Por mais que a rosca esteja espanada.

Sei, não de ouvir dizer, mas por experiência própria e senti vontade de lhe testemunhar.

Por ora é só.

Atenciosamente,

Sua fã incondicional,

Maria do Perpétuo Socorro.

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