vou embora agora
deste mar de rosa
cravado de espinho
aqui a terra é prometida
só falta ser melhor repartida
terra de todo mundo
ao dar o fora vou sentir saudade
talvez volte num ano que vem
adeus terra querida terra de ninguém
Um blog sobre literatura.
vou embora agora
deste mar de rosa
cravado de espinho
aqui a terra é prometida
só falta ser melhor repartida
terra de todo mundo
ao dar o fora vou sentir saudade
talvez volte num ano que vem
adeus terra querida terra de ninguém
De tanga, um dia desses, chupava eu uma manga
sentado folgado debaixo da sombra dum pé d’alho.
Veio um veado com bruta chifre cheio de galho e
espetou minha bunda. Deixou ela com dor profunda.
Eu peguei e virei pro veado e disse assim:
— O veado de merda vai espetá outro palerma.
O veado com cara invocada olhou pra mim e falou:
— Só se fô desse tipo igual o seu.
E eu:
— O seu atoa qual tau tipo meu já sabê quero eu
O galhado na lata
— Não nego meu nego tipu zero
por mais que se evite se acaba obrigado
a engolir um sapo depois outro e outro
e o bicho ali dentro remói a paciência
deixa na língua um gosto amargo de fel
nem se compara é muito pior o safado
que sarro em boca amanhecida de cigarro
tem hora que a gente quer gritar basta
apela até pra conceitos de neoescolástica
procura inventar uma crise diferente
que deixasse mais sereno o ambiente
cede às artimanhas do amor no desespero
porém não tem jeito o danado não some